"Eu não posso perdoar ningúem. Quem perdoa é Deus".
Quantas vezes dissemos isto, mesmo já tendo conhecimento da Palavra? Se você tem ao menos um ano de vida cristã, certamente já ouviu a célebre pergunta de Pedro para Jesus (MT18,21-35).
Pedro pergunta QUAL o limite para perdoar e não SE há tal limite, ao passo que a resposta de Jesus deixa evidente que devemos manter o coração sempre aberto para viver a experiência do perdão.
"Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido". È o que o Mestre ensina na oração do Pai Nosso. Perdoar o próximo é, portanto, condição para que recebamos de Deus o perdão por nossos pecados.
Ora, Deus é amor (1Jo 4,8), mas também é justiça: se Ele pede que perdoemos de coração a quem nos ofende e nós nos negamos a fazê-lo, como seremos merecedores de Sua misericórdia?
"Perdoar" algúem, mas tratá-lo com indiferença é incoerente. Se você o evita, fala mal e não fica com os amigos se ele está presente, você o perdoou?
O apóstolo Paulo diz : "o amor tudo desculpa" (1Cor 13,7), entretanto, se ainda não fazemos isso, estamos vivendo o amor de Deus? Não sejamos hipócritas.
Dizer sim ao projeto de Deus é ignorar o "olho por olho" que o mundo ensina e querer viver em harmonia, pois a paz não é a ausencia de guerra, mas o domínio do amor sobre a vingança.
Vamos exercitar o perdão acolhendo a quem nos ofende, magoa, decepciona.
Claro que não é fácil, contudo, não foi à toa que Jesus disse "toma a sua cruz e me siga"!